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Corte alemã anula decisão da Deutsche Welle de demitir jornalista palestino

Zahi Alawi [Twitter]

Um tribunal alemão anulou a decisão tomada pela emissora alemã Deutsche Welle (DW) de demitir um jornalista palestino acusado de antissemitismo em fevereiro. Zahi Alawi voltou ao trabalho em 20 de março.

Alawi foi demitido após uma investigação determinar que algumas de suas postagens nas redes sociais, datadas de 2014, tinham conteúdo “antissemita”, de acordo com a definição da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA).

Analistas reiteram que a controversa definição da IHRA equipara antissemitismo a antissionismo – isto é, críticas legítimas às políticas coloniais do Estado de Israel.

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As postagens em questão condenavam a ofensiva israelense na Faixa de Gaza em 2014, na qual dois mil palestinos foram mortos. “O que o estado terrorista de Israel faz com os palestinos é repetir o Holocausto”, escreveu Alawi em sua página no Facebook.

Em fevereiro de 2022, sete jornalistas árabes foram demitidos, quatro deles palestinos, após um inquérito interno de dois meses. Em 2021, a emissora proibiu repórteres de descrever Israel como estado de apartheid e os “aconselhou” não usar o termo colonialismo.

Em julho, um tribunal concluiu que a Deutsche Welle demitiu ilegalmente Maram Salem, que estava entre os sete jornalistas exonerados, e descartou as acusações de antissemitismo.

“As postagens no Facebook das quais foi acusada não eram antissemitas; portanto, a rescisão de seu contrato foi ilegal”, declarou o tribunal em Bonn.

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