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Coordenador especial da ONU expressa apreensão com violência em curso de Israel

Tor Wennesland, coordenador especial da Organização das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, conversa com a imprensa em uma área designada ao Conselho de Segurança da entidade internacional, na sede da ONU, em Nova York [Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images]

Tor Wennesland, coordenador especial da Organização das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, afirmou nesta quarta-feira (8) que está apreensivo com a violência em curso perpetrada por soldados e colonos israelenses contra os palestinos.

“Estou profundamente perturbado com a violência em curso e chocado com os ataques de colonos israelenses contra os palestinos em Huwara, perto de Nablus”, declarou Wennesland.

Em comunicado por escrito, com cópia ao MEMO, Wennesland mencionou ataques de colonos em Huwara, que sucederam o recente “pogrom” de 26 de fevereiro. O termo, frequentemente usado para referir-se à perseguição histórica contra os judeus na Europa, foi utilizado por um general israelense para tratar de ataques incendiários contra casas palestinas na região.

“Israel, como potência ocupante, deve garantir que a população civil seja protegida e que os perpetradores sejam responsabilizados”, reiterou o oficial da ONU. “Condeno a violência dos colonos contra palestinos. Condeno também ataques palestinos contra israelenses. Todos os civis devem ser protegidos da violência.”

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Analistas, contudo, criticam a retórica de simetria adotada pela comunidade internacional, que deixa de levar em consideração a disparidade de forças entre uma potência militar ocupante e uma população civil carente sob perseguição sistêmica.

Wennesland também comentou o assassinato de seis palestinos – além de 16 feridos – na região de Jenin, na Cisjordânia ocupada, na última terça-feira (7).

“Estou alarmado com os eventos que ocorreram durante uma nova operação israelense em Jenin, resultando em trocas de tiros entre as forças israelenses e palestinos. Estamos no meio de um ciclo de violência que deve ser interrompido imediatamente”, advertiu Wennesland.

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