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Prisioneiro político al-Morsi é morto sob tortura no Egito

Policiais montam guarda na prisão de Borg el-Arab, perto de Alexandria, no Egito [Mohamed el-Shahed/AFP via Getty Images]

O prisioneiro político Mohammad al-Sayyed al-Morsi foi torturado até a morte no centro de detenção de Damietta, por agentes do regime egípcio do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi, confirmou a família do prisioneiro.

Professor de língua árabe, al-Morsi, de 52 anos, foi detido em 21 de fevereiro e submetido a tortura sistemática no centro administrado pela Agência de Segurança Nacional.

Fontes próximas reafirmaram que as duras condições de detenção, somadas à tortura, levaram a sua morte. Não há detalhes sobre o momento exato do óbito. A família foi informada no domingo (5) e recebeu o corpo em um caixão. O funeral foi realizado sob vigilância policial.

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A morte de al-Morsi é a quarta dentro de uma prisão egípcia desde o início deste ano, segundo grupos de direitos humanos. Prisões egípcias, conforme denúncias, não provêm sequer serviços básicos para os detentos.

Durante 2022, quarenta prisioneiros políticos no Egito morreram devido a negligência médica, tortura ou falta de padrões adequados de segurança.

A Irmandade Muçulmana culpou o regime pela morte de al-Morsi. Outros prisioneiros políticos terão o mesmo destino, incluindo tortura, advertiu o movimento. O pai da vítima mais recente permanece encarcerado.

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