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Guterres apela por repatriamento durante visita a refugiados no Iraque

O secretário-geral António Guterres (à esquerda) reúne-se com Nechirvan Barzani, presidente da região do Curdistão do Iraque. [Sarmad al-Safy/Unami]

O secretário-geral das Nações Unidas marcou esta quinta-feira os momentos finais da visita ao Iraque com cidadãos do país que acabam de ser repatriados do campo de Al-Hol, na Síria.

A partir do Centro de Reabilitação de Jedá, António Guterres enviou uma mensagem a todos os países com pessoas na mesma situação: para que possam ativar esforços para facilitar o repatriamento seguro e digno dos seus cidadãos.

Diplomacia e diálogo

Para o líder das Nações Unidas, o Iraque é um exemplo de que repatriações responsáveis ​​são possíveis, encontrando soluções dignas associadas aos princípios da responsabilidade e da reintegração. Mais de metade dos residentes do local têm menos de 12 anos de idade.

Para ele, existe uma janela de oportunidade para o progresso com base na diplomacia e no diálogo para a promoção da paz, dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável.

Guterres se reuniu com o presidente, o primeiro-ministro, o titular das Relações Exteriores e o presidente do Conselho de Representantes e membros da sociedade civil iraquiana.

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Ele assinalou ainda a solidariedade e o apoio dos iraquianos às vítimas dos terremotos na Turquia e na Síria, que mataram mais de 47 mil pessoas.

Focos de ação

Sobre a agenda do novo governo, o secretário-geral assegurou que a organização apoiaria as ações em favor dos iraquianos através da Missão das Nações Unidas no Iraque e da equipe da ONU no país.

A prioridade de atuação será para  fortalecer as instituições democráticas e a governança para construir confiança. Entre outros focos de ação estão melhorar os serviços públicos e o combate à corrupção.

O chefe da ONU listou ainda a proteção dos direitos humanos, a responsabilização, o combate aos grupos armados fora do controle do Estado, o impulso à  economia e a diversificação da dependência do Iraque das receitas do petróleo.

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Guterres assinalou a parceria para reduzir os altos níveis de desemprego e criar oportunidades de trabalho decente para os jovens, além do apoio à resiliência contra choques climáticos e escassez de água que afetam o país.

Contribuição do Iraque para a civilização global

O discurso do secretário-geral ressaltou que a unidade nacional e a resposta aos interesses do povo iraquiano  devem ser prioridades para os novos representantes eleitos.

Na quarta-feira, ele esteve no Museu Nacional do Iraque, em Bagdá, onde elogiou a contribuição do Iraque para a civilização mundial.

António Guterres destacou a riqueza cultural milenar do país que  teve milhares de artefatos contrabandeados para o exterior desde o agravamento do conflito, em 2003.

Publicado originalmente em ONU News

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