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Israel não congelará a construção de assentamentos após a Cúpula de Aqaba

Palestinos se reúnem para protestar contra os assentamentos judaicos ilegais e a política de deportação de Israel, no bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental em 24 de fevereiro de 2023. [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

O governo de ocupação israelense confirmou que os assentamentos continuarão a ser construídos na Cisjordânia ocupada, sem nenhuma mudança na política de Israel. Isso foi em resposta à declaração da Cúpula de Aqaba, da qual participaram as delegações israelense e palestina.

A Cúpula de Aqaba realizada na Jordânia terminou ontem e anunciou que as partes concordaram em vários assuntos, principalmente em congelar a discussão sobre quaisquer novas unidades de assentamento por quatro meses e interromper a autorização de quaisquer postos avançados por seis meses.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tuitou mais tarde: “A construção e a autorização na Judéia e Samaria [a Cisjordânia ocupada] continuarão de acordo com o planejamento original e o cronograma de construção, sem alterações”, acrescentando: “Não há e não haverá qualquer congelamento.”

O chefe da delegação israelense em Aqaba, Conselheiro de Segurança Nacional Tzachi Hanegbi, também disse: “Não há congelamento de assentamentos ou mudança no status quo no Monte do Templo, e não há limitação nas atividades das IDF [exército]”.

“Nos próximos meses, Israel autorizará nove postos avançados e aprovará 9.500 novas unidades habitacionais na Judéia e Samaria”, acrescentou.

O ministro do Ministério da Defesa, Bezalel Smotrich, prometeu que não haveria nenhum congelamento da construção de assentamentos nem por um dia, observando que ele “não tem ideia” sobre o que foi ou não dito na “cúpula supérflua” na Jordânia.

Enquanto o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, disse: “O que aconteceu na Jordânia (se aconteceu), ficará na Jordânia”.

LEIA: ONU, Israel e a AP não podem mais controlar a narrativa palestina

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