Presos palestinos nas prisões israelenses continuam hoje pelo décimo segundo dia um protesto contra a administração penitenciária, em repúdio às medidas punitivas adotadas contra eles.
“Mantemos a mobilização para combater a campanha de ódio dirigida contra nós pelo ministro da Segurança Nacional, o direitista Itamar Ben Gvir, alertou em comunicado o Comitê Supremo de Emergência para Prisioneiros, que reúne representantes de todas as facções palestinas. Nossa principal causa e reivindicação fundamental é a liberdade, e aqui estamos batendo nas paredes de nossas celas e levantando nossas vozes”, destacou o texto.
Diante do protesto, funcionários do Serviço Prisional de Israel informaram ao Comitê que ampliariam as medidas punitivas contra os detentos, que, por sua vez, prometeram intensificar a mobilização.
O movimento foi lançado em 14 de fevereiro na prisão de Nahfa, onde as autoridades tomaram medidas de retaliação, incluindo o corte de água quente nos banheiros em pleno inverno.
No dia seguinte, a campanha se espalhou para as prisões de Raymon, Ofer, Megiddo, Gilboa e Negev, onde os presos iniciaram uma campanha de desobediência, que incluiu o boicote aos postos de controle de segurança, informou o Clube dos Prisioneiros Palestinos em um comunicado.
O protesto pode culminar em uma greve geral de fome no próximo mês, que coincide com o início do Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos. Mais de 4 mil 700 palestinos estão atrás das grades em prisões israelenses, segundo fontes oficiais.
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Publicado originalmente em Prensa Latina