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Irã impõe sanções a Europa e Reino Unido como retaliação direta

Embaixada iraniana em Londres [Dan Kitwood/Getty Images]

Em uma medida de toma-lá-dá-cá, o Irã anunciou nesta quarta-feira (25) um pacote de sanções contra dezenas de indivíduos e entidades ligados à União Europeia e ao Reino Unido.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

A chancelaria iraniana confirmou em nota o ingresso de 22 indivíduos e três entidades do bloco a sua lista de sanções, além de oito indivíduos e duas entidades britânicas. A pasta alegou que a decisão foi tomada “junto das autoridades relevantes … conforme as regulações vigentes”.

Dentre as acusações: “Apoiar o terrorismo, instigar atos de terrorismo e violência, interferir nos assuntos domésticos do Irã, fomentar a sedição, disseminar informações falsas e colaborar com a escalada de sanções cruéis contra o povo iraniano”.

O decreto sucede em dois dias novas sanções europeias a mais de 30 oficiais e organizações da república islâmica, incluindo unidades da Guarda Revolucionária do Irã, pela repressão aos atos civis que tomaram as ruas do país há meses, após a morte em custódia de Mahsa Amini.

A União Europeia proibiu os entes sancionados de viajar a estados-membros e congelou fundos no bloco. O governo do Reino Unido seguiu a deixa, ao estender sanções ao judiciário iraniano.

LEIA: Irã impõe sanções a indivíduos e entidades de Alemanha e Reino Unido

Teerã prometeu retaliar indivíduos e instituições ocidentais que “violam os direitos humanos”.

Entre os cidadãos sancionados por Teerã, estão: Oliver Klein, ministro francês; Dietmar Koster, deputado alemão do bloco europeu; Tim Zahn, chefe de segurança digital da Alemanha; Gerad Biard, editor do semanário satírico Charlie Hebdo; entre outros.

Rasmus Paludan, extremista sueco-dinamarquês que realizou uma queima do Alcorão na última semana, também integra a lista.

De Londres, há ainda a procuradora-geral Victoria Prentis, o chefe do exército Patrick Sanders e o ex-secretário de Defesa Liam Fox.

Tensões entre Irã e Europa escalaram após o bloco deferir, na semana passada, uma resolução não-vinculativa para designar como “terrorista” a Guarda Revolucionária. Deputados europeus votaram em massa pela resolução, em meio à indignação de Teerã.

ASSISTA: Irã rechaça caricaturas de Ali Khamenei da revista Charlie Hebdo 

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