A nova coalizão de governo israelense trabalha para enviar um novo projeto de lei ao Knesset (parlamento) para permitir a cassação de deputados árabes, reportou o Times of Israel.
Sob a nova legislatura, redigida pelo chefe do governo no Knesset, Ofir Katz, membro do partido Likud, parlamentares que expressarem apoio a vítimas palestinas da ocupação serão banidos da vida política.
O deputado árabe Ayman Odeh, líder do partido Hadash-Ta’al, rechaçou o plano no Twitter, ao advertir: “A luta pela democracia precisa ser uma luta por democracia para todos. Nós, árabes, não conseguiremos impedir os fascistas sozinhos; sem nós, contudo, tampouco poderão judeus democratas”.
Porém, devido a receios de que a Suprema Corte revogue o projeto, parlamentares governistas parecem aguardar a reforma judicial do premiê Benjamin Netanyahu. Segundo as novas regras, um voto por maioria do Knesset poderá vetar decisões da justiça.
Introduzida pelo ministro da pasta Yariv Levin, a reforma, caso ratificada, será a mudança mais radical no sistema de governo israelense desde a criação do Estado sionista, em 1948.
No sábado (21), cerca de 80 mil israelenses tomaram as ruas de Tel Aviv para protestar contra a tomada de Netanyahu do poder judiciário. O primeiro-ministro é réu por corrupção, mas insiste ter mandato eleitoral para executar as mudanças.
O governo foi empossado em 29 de dezembro, após vencer as eleições de novembro, mediante aliança de extrema-direita.
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