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Comandante do exército de Israel expressa receios sobre mudanças de Netanyahu

Presidente da Autoridade Palestina (AP) Mahmoud Abbas participa da 43ª Cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), em Riad, Arábia Saudita [Corte Real Saudita/Agência Anadolu]
Presidente da Autoridade Palestina (AP) Mahmoud Abbas participa da 43ª Cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), em Riad, Arábia Saudita [Corte Real Saudita/Agência Anadolu]

Aviv Kohavi, chefe do Estado-maior do Exército de Israel, a ser substituído em breve, expressou grave apreensão ao primeiro-ministro eleito Benjamin Netanyahu sobre seus planos de reforma das Forças Armadas, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (27) pela imprensa local.

Kohavi repassou suas observações a Netanyahu sobre um projeto legislativo que pode implicar em danos ao establishment militar de Israel.

Em particular, Kohavi advertiu contra a indicação de Itamar Ben-Gvir – deputado de ultradireita e líder do partido Otzma Yehudit (Poder Judeu) – para uma posição de poder sobre a polícia de fronteira da Cisjordânia ocupada, ao expandir as incumbências de seu ministério.

“As mudanças acordadas rompem a corrente de comando e rebaixam a soberania do Comando Central e as atribuições das Forças de Defesa de Israel [FDI]”, insistiu o comandante máximo do exército à televisão israelense.

Em nota ao jornal Times of Israel, um porta-voz do exército corroborou, no entanto, ressalvas a serem aplicadas: “Durante conversas, foi acordado que decisões relacionadas ao exército serão feitas apenas após o exército elucidar o impacto dessas decisões”.

Netanyahu voltou ao poder após firmar uma aliança com os partidos de extrema-direita Otzma Yehudit, Sionismo Religioso, Noam, Shas e Judaísmo Unido do Torá, cuja coalizão conquistou 64 dos 120 assentos do Knesset (parlamento) nas eleições de novembro.

Sob os termos do acordo de coalizão, ministros extremistas terão cargos sensíveis com impacto direto sobre os assuntos palestinos.

LEIA: Juristas de Israel condenam novos projetos de lei da coalizão de Netanyahu

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