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Circulação de antibióticos falsos mata crianças no Egito

Crianças recebem tratamento médico [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]
Crianças recebem tratamento médico [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

Diversas crianças faleceram no Egito devido ao uso de antibióticos falsos, reportou a agência de notícias Al-Araby Al-Jadeed. Farmacêuticos advertem contra o uso de ceftriaxona, medicamento utilizado para infecções bacterianas.

Conforme as informações, autoridades da cidade de Kafr Ziyat adentraram em uma fábrica sem alvará ou fiscalização, que adicionava nomes não verificados às embalagens.

Cerca de US$160 milhões em drogas ilícitas foram apreendidos em farmácias, depósitos e áreas industriais somente em novembro.

Uma das vítimas fatais era um menino de dois anos que recebeu uma injeção contra febre após chegar a um pronto-socorro.

Antibióticos são alguns dos medicamentos mais falsificados. Em julho, lotes falsos de tosilato de sultamicilina (nome comercial, Unasym) foram encontrados em várias províncias do Egito. Uma paciente sofreu um aborto após ser medicada com remédio falso.

Em 2015, pesquisas calcularam que 30% das drogas em circulação no Egito eram falsas. Críticos alertam para a falta de leis específicas e rigorosas para dissuadir a prática.

Dois anos depois, autoridades confirmaram a descoberta de milhares de embalagens de drogas falsas para o tratamento de hepatite C.

O setor de saúde do Egito é assolado por controvérsias. No início de dezembro, um enfermeiro foi gravado vendado inserindo uma agulha em um bebê. Segundo postagens nas redes sociais, o enfermeiro fez uma aposta com um amigo para pagar seu café da manhã.

Na mesma semana, um oficial da Aeronáutica foi acusado de assediar e atacar enfermeiras em um hospital público na província de Menufia. Segundo as denúncias, uma enfermeira sofreu um aborto após ser agredida com uma corda.

LEIA: Egito impõe ‘alvará de segurança’ para abertura de negócios

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