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Caminhoneiros fazem greve na Jordânia contra carestia, lojas apoiam protesto

Protesto de caminhoneiros, 23 de fevereiro de 2017 [Salah Malkawi/Agência Anadolu]
Protesto de caminhoneiros, 23 de fevereiro de 2017 [Salah Malkawi/Agência Anadolu]

Lojas em algumas cidades da Jordânia fecharam suas portas nesta quarta-feira (14) em apoio às greves esporádicas dos caminhoneiros do país, devido ao alto custo dos combustíveis. Os atos, que contam com milhões de profissionais do transporte, perduram há dias.

No decorrer da última semana, caminhoneiros lançaram paralisações parciais e protestos sit-ins nas províncias meridionais da Jordânia, consideradas mais pobres. Os protestos reivindicam do governo que reduza o preço do óleo diesel e apontam prejuízos aos negócios.

A crise levou a congestão no porto de Aqaba, principal terminal do país, no Mar Vermelho. Bens importados se acumularam nos hangares. A capital Amã e outras cidades sofrem uma iminente crise de abastecimento.

Lojas nas cidades de Maan, Tafila e Karak fecharam as portas em solidariedade.

“Eles tiraram nossa dignidade, o governo não se compadece de nós”, insistiu Abdullah Kreishan, caminhoneiro de Maan.

Grevistas ameaçam realizar protestos de rua nesta sexta-feira (16). Indignação contra o regime tomou corpo recentemente sob piora nas condições de vida, casos de corrupção e inflação dos combustíveis. Protestos civis já despontaram em toda a Jordânia.

O governo prometeu avaliar as demandas dos caminhoneiros, mas insiste ter investido cerca de 500 milhões de dinares (US$700 milhões) para conter o custo dos combustíveis, neste ano.

Sob um programa de reforma estrutural do Fundo Monetário Internacional (FMI), os preços dos combustíveis têm de ser ajustados em escala mensal, conforme flutuações do mercado.

A Jordânia tem uma frota de 20 mil caminhões, muitos de propriedade individual. Profissionais denunciam a piora nas condições de vida e inflação cada vez maior, incorrendo em dificuldades de subsistência.

O envio de bens aos principais mercados vizinhos – sobretudo Iraque e Arábia Saudita –, porém, permanece pouco afetado.

 LEIA: Jordanianos gastam mais com cigarro do que com comida

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