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Emissária da ONU afirma ‘ciência’ dos crimes de Israel contra crianças palestinas

13 de dezembro de 2022, às 09h49

Virginia Gamba, representante especial da Secretaria-geral das Nações Unidas para a Infância e Conflitos Armados, na sede da ONU, em Nova York [Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images]

Virginia Gamba, representante especial da Secretaria-geral das Nações Unidas para a Infância e Conflitos Armados, reiterou nesta segunda-feira (12) “ter ciência dos crimes diários cometidos contra as crianças palestinas”.

Conforme o relato, Gamba manifestou sua indignação durante um encontro com o Ministro de Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP) Riyad al-Maliki, na cidade de Ramallah.

Gamba reafirmou a importância da cooperação e coordenação entre ONU e AP “para proteger as crianças palestinas diante da escalada de violações israelenses e violência colonial”.

Gamba insistiu que seu trabalho é garantir proteção às crianças em zonas de conflito e que, sob o mandato legal lhe conferido, ela tem autoridade para visitar tais áreas e conduzir encontros e conversas com as partes relevantes, para dissuadi-las de crimes contra a infância.

Segundo a emissária da ONU, esta não será sua última viagem à Palestina ocupada, dado que é preciso avançar na cooperação com a Autoridade Palestina e fornecer treinamento especial aos profissionais relevantes dos ministérios locais.

Gamba declarou intenção de reunir-se com ongs palestinas para “discutir meios de cooperação e diálogo sobre as violações e crimes perpetrados pelas forças da ocupação e seus colonos”.

Gamba viajou a Cisjordânia ocupada e Faixa de Gaza sitiada, onde se encontrou com famílias de crianças palestinas vítimas da ocupação para coletar seu testemunho sobre as violações.

Em reunião com al-Maliki, Gamba recebeu um relatório com detalhes “dos crimes deliberados e sistemáticos [de Israel] contra as crianças palestinas, que recaem aos termos da Resolução 1612 (2005) do Conselho de Segurança”.

A resolução da ONU cobre e repudia incidentes de assassinato e mutilação de crianças, ataques a escolas e hospitais, abuso sexual, sequestro e obstrução ao acesso a assistência humanitária e serviços médicos essenciais.

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