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Comandantes israelenses alertam para caos militar e fim do estado

Soldados israelenses perto de Nablus, na Cisjordânia ocupada, em 17 de maio de 2022 [Jaafar Ashtiyeh/AFP]
Soldados israelenses perto de Nablus, na Cisjordânia ocupada, em 17 de maio de 2022 [Jaafar Ashtiyeh/AFP]

Um grupo de comandantes israelenses alertou para o risco de caos interno no exército sionista, de modo a culminar no colapso do próprio Estado de Israel, segundo informações publicadas na quarta-feira (7) pela rede Al-Resalah.

O major-general Matan Vilnai, ex-vice-chefe do estado-maior, entregou uma carta ao primeiro-ministro eleito Benjamin Netanyahu, para lhe pedir que contenha a “onda de incitação” contra as Forças Armadas. A carta foi assinada por 412 veteranos israelenses.

Vilnai é diretor executivo da campanha conhecida como Comandantes pela Segurança de Israel. O militar serviu ainda como parlamentar e ministro do governo e preside atualmente a Câmara do Comércio Ásia-Israel.

Segundo o jornal The Jerusalem Post, Vilnai advertiu para o risco de desintegração do exército israelense e aumento nos índices de rejeição ao recrutamento obrigatório. A tendência, alegou Vilnai, deve prejudicar o poderio e a capacidade militar de enfrentar desafios do estado.

Nir Dvori, correspondente militar do Canal 2 da televisão israelense, observou que seus alertas podem transcender o exército. Segundo Dvori, a “onda de incitação” causou cisões entre oficiais de alto escalão e a baixa patente, levando a atos de desobediência e quebra de hierarquia.

Na terça-feira (6), o presidente israelense Isaac Herzog advertiu que o estado sionista enfrenta “divisões perigosas” que o ameaçam de dentro. Em um fórum de autoridades locais, o chefe de estado alegou esperar que prevaleça a união em Israel até seu aniversário de 80 anos, em 2028.

O ex-premiê Ehud Barak declarou previamente ter receios de que Israel chegue ao fim antes do 80° aniversário, considerado um marco histórico e profético.

Na última semana, Netanyahu reiterou no Twitter: “As Forças de Defesa de Israel são o exército do povo e peço a todos, esquerda e direita, que o deixem fora de qualquer debate político”.

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