Os partidos israelenses Poder Judaico e Sionismo Religioso – encabeçados pelos parlamentares de extrema-direita Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, respectivamente – estão “explorando” o líder do Likud e premiê eleito Benjamin Netanyahu, ao condicionar seu apoio ao governo.
As informações são da rede de notícias Al-Resalah.
“Partidos extremistas exploram Netanyahu para obter ministérios de destaque em detrimento do Likud”, comentou Ayman al-Rafati, expert em assuntos israelenses, em referência ao partido de Netanyahu. “Eles insistem em nomeações no Ministério da Defesa e do Interior”.
Segundo o analista Said Bsharat: “A missão de compor o governo seria fácil, mas a ideologia dos parceiros de Netanyahu e seu desejo de aplicar uma agenda criminosa obstruem os esforços do futuro primeiro-ministro”.
Bsharat reiterou que a insistência dos extremistas em obter controle de ministérios estratégicos pode levar à queda do governo antes mesmo de sua posse. “Netanyahu anda em círculos. Seus parceiros insistem em obter ministérios soberanos, mas o Likud não aceitará migalhas”.
Bsharat argumenta que mais outra eleição geral em Israel – o sexto pleito no estado ocupante em apenas cinco anos – é inevitável.
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“Contudo, Netanyahu é esperto”, prosseguiu al-Rafati. “Netanyahu realiza conversas arrastadas com os partidos de extrema-direita. Ele põe pressão sobre eles e os leva a tomar decisões finais de último minuto. Busca, assim, jogá-los contra as cordas”.
Al-Rafati espera um recuo dos grupos radicais, ao capitular às propostas de Netanyahu e evitar assim uma nova eleição no país, sem garantias dos mesmos resultados.
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