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Chefe da ONU anuncia plano de US$3.1 bi para combater desastres na COP27

Secretário-geral da ONU António Guterres durante painel de especialistas realizado na COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito, em 8 de novembro de 2022 [Joseph Eid/AFP via Getty Images]

O Secretário-geral das Nações Unidas António Guterres anunciou um plano de enfrentamento a desastres para instaurar um sistema de alerta contra mudanças climáticas em países carentes, durante um painel realizado na segunda-feira (7) na COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito.

Guterres afirmou que o plano pede investimentos iniciais de US$3.1 bilhões entre 2023 e 2027, cerca de 6% dos US$50 bilhões requeridos para os recursos de transição energética e climática previstos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Comunidades vulneráveis em pontos específicos de crise climática são pegas de surpresa por uma cascata de desastres sem qualquer alerta prévio”, insistiu Guterres. “Países com baixíssima cobertura de alerta têm mortalidade por desastres oito vezes maior que outros países”.

“O plano de ação lançado hoje estabelece o caminho adiante para corrigir este erro e proteger vidas e meios de subsistência”, acrescentou o chefe da ONU.

LEIA: Guterres pede ao mundo que cumpra com os compromissos climáticos

O sistema de alerta deve permitir que comunidades respondam a desastres climáticos e reduzir em até 30% os danos deixados por incidentes extremos.

“Cidadãos da África, Sul da Ásia, América do Sul e Central, além dos habitantes dos pequenos estados insulares, são 15 vezes mais propícias a morrerem em desastres climáticos”, reafirmou Guterres. “Os desastres deslocam três vezes mais pessoas do que qualquer guerra. E a situação piora cada vez mais”.

O Egito recebe neste ano a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP27), com mais de cem líderes globais participando do evento. O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi convidado ao fórum e viajará ao estado norte-africano na próxima semana. Sua comitiva conta com a deputada eleita e ex-ministra do Meio-ambiente, Marina Silva, cotada a retornar à pasta.

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