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Israel expulsa fazendeiros palestinos de suas terras, destrói 180 oliveiras

31 de outubro de 2022, às 16h19

Oliveiras arrancadas por colonos israelenses na Cisjordânia ocupada, em 13 de janeiro de 2021 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Colonos israelenses destruíram 180 árvores de oliveira pertencentes a agricultores palestinos, nesta segunda-feira (31), nas aldeias e Tarqumiyah e Qaryut, a noroeste de Hebron e Nablus, na Cisjordânia ocupada. As informações são da rede de notícias Arab48.

Além disso, autoridades da ocupação proibiram fazendeiros palestinos de Beit Furik, a leste de Nablus, de colher suas azeitonas, a despeito da temporada.

Em muitos casos, palestinos que possuem plantações de oliveira são autorizados a adentrar em suas próprias terras duas vezes por ano, sob “licença especial” e vigilância das forças ocupantes.

Aref Hanani, prefeito de Beit Furik, confirmou que Tel Aviv violou o acordo de coordenação que permite aos fazendeiros palestinos que colham seus frutos nas proximidades do assentamento ilegal de Itamar. Segundo Hanani, colonos aproveitam a chance para roubar os insumos.

Não há cronograma de acesso aos agricultores para que retomem sua produção.

Mais de cem oliveiras palestinas foram destruídas nesta manhã em Tarqumiyah. Os agressores são colonos ilegais do assentamento de Eli. Outras 80 árvores foram desraigadas em Qaryut, na região de Nablus.

A colheita de oliveiras é a principal fonte de subsistência a milhares de lares palestinos. Colonos destroem milhares de árvores todos os anos, sobretudo às vésperas da colheita, com intuito de maximizar seus danos e expulsar as famílias de suas terras ancestrais.

As milenares árvores de oliveira são um símbolo da relação entre os palestinos e suas terras. Resistentes à seca e férteis mesmo em condições debilitadas do solo, as oliveiras representam a própria resistência nacional palestina frente à ocupação.

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