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Residentes de Nablus enfrentam cerco israelense com resiliência

25 de outubro de 2022, às 12h33

Bloqueio israelense na região de Nablus, na Cisjordânia ocupada, 21 de outubro de 2022 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

As forças da ocupação israelense mantiveram seu rigoroso bloqueio imposto sobre a cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada. Os residentes palestinos, no entanto, passaram a enfrentar as restrições com notável resiliência.

Ghassan Hamdan, coordenador do Comitê de Instituições e Atividades de Nablus, destacou: “O cerco israelense paralisou cada aspecto da vida em nossa cidade [contudo] decidimos enfrentar as medidas asfixiantes”.

Hamdan insistiu que a ocupação israelense “jamais terá êxito em destruir a força de vontade do povo palestino e a resistência contra a ocupação”. O cerco militar de duas semanas, prosseguiu Hamdan, tem como objetivo extinguir o apoio popular à resistência nacional mediante “punição coletiva”.

“Os palestinos de Nablus permanecem unidos em apoio daqueles que confrontam a ocupação e protegem o povo nativo do exército israelense e dos ataques de seus colonos”, acrescentou, ao mencionar atividades populares realizadas diariamente em apoio à resistência.

Azzam Abul Adas, especialista em assuntos israelenses, reafirmou que o grupo conhecido como Toca dos Leões “conquistou os corações dos palestinos e, em particular, de todos os residentes da Cisjordânia ocupada, que demonstram apoio”.

De acordo com a análise de Abul Adas, a Toca dos Leões “amplia suas operações dia após dia” e “confundiu” efetivamente as instituições de segurança do estado israelense.

Em torno de 450 mil pessoas vivem em Nablus e em seus arredores, incluindo aldeias e campos de refugiados. Toda a população civil está submetida a cerco militar há 14 dias.

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