clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Voto egípcio nas Nações Unidas condena anexação russa de partes da Ucrânia

13 de outubro de 2022, às 12h57

Presidente do Egito Abdel Fattah el-Sisi discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, 24 de setembro de 2019 [Ercin Top/Agência Anadolu]

O Egito votou a favor de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) para rechaçar a anexação russa das regiões ucranianas de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia. Segundo a resolução, as áreas em questão são consideradas ocupadas por ato de agressão.

A ONU deferiu o texto nesta quarta-feira (12), ao reivindicar de seus estados-membros que não reconheçam terras da Ucrânia como parte da Rússia e pressionar o governo de Vladimir Putin a reverter sua “tentativa ilegal de anexação”.

Cento e quarenta e três países votaram a favor, cinco foram contrários e 35 se abstiveram.

Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Nicarágua votaram “não”; a maioria das abstenções são de países africanos, além de China e Índia.

A princípio, a Rússia pediu ao órgão de 193 membros que conduzisse uma votação secreta sobre a medida. A Assembleia Geral, no entanto, decidiu por uma votação pública.

Moscou realizou referendos para anexar as quatro áreas parcialmente ocupadas pertencentes à Ucrânia. O governo de Volodymyr Zelenskyi e seus aliados globais declararam os avanços como ilegais. Segundo relatos, soldados armados passaram de casa em casa para coagir votos.

No fim de setembro, Estados Unidos e Reino Unido anunciaram novas sanções contra Moscou e restrições de visto contra oficiais do governo, suas famílias, comandantes militares – da Rússia e Bielorrússia – e fornecedores internacionais acusados de alimentar a indústria militar do estado ocupante. A União Europeia confirmou propostas de novas restrições sobre importações russas.

Em março, o Egito também votou em uma resolução da ONU para exigir que o Kremlin recuasse imediatamente do país vizinho, cerca de um mês após a deflagração da guerra.

ASSISTA: Egito incentiva europeus a se mudarem para sua costa para evitar cortes de gás na Rússia