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Rússia quer ‘solução justa’ para Israel-Palestina, afirma Putin

Presidente da Rússia Vladimir Putin em 19 de julho de 2022 [Presidência do Irã/Agência Anadolu]

A Rússia deseja uma “solução justa” ao conflito entre Israel e Palestina, conforme as resoluções das Nações Unidas, declarou o presidente Vladimir Putin durante encontro com seu homólogo palestino Mahmoud Abbas, nesta quinta-feira (13).

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Putin prometeu ao presidente da Autoridade Palestina (AP) conservar “sua postura baseada nas resoluções fundamentais das Nações Unidas”, durante reunião de ambos em Astana, capital do Cazaquistão, nos bastidores de uma cúpula regional.

Putin insistiu que Moscou monitora de perto os acontecimentos no Oriente Médio.

Sobre a cooperação bilateral com Ramallah, o presidente russo reiterou que há muito a se fazer para melhor o relacionamento econômico.

Abbas, em contrapartida, exaltou a postura assumida pelo Kremlin: “Sabemos que a Rússia tem uma posição clara sobre a solução do conflito e temos certeza de que não haverá mudança. Nós sabemos perfeitamente bem que a Rússia está ao lado da justiça e da lei internacional”.

A declaração de Abbas contradiz uma resolução das Nações Unidas deferida nesta semana para condenar a ocupação militar russa de partes do território ucraniano.

O presidente palestino reafirmou a necessidade de um papel mais contundente do Quarteto do Oriente Médio – composto por Rússia, Estados Unidos, Organização das Nações Unidas (ONU) e União Europeia. Para Abbas, o grupo tem de assumir a liderança no “processo de paz”, ao invés de um único país ou organização.

“Não queremos que Washington, sob qualquer pretexto, seja o único engajado em solucionar a questão palestina”, enfatizou o político octogenário. “Os Estados Unidos são parte do Quarteto e podem exercer seu devido papel, mas jamais aceitaremos seu monopólio sobre a questão”.

Abbas deu enfoque ainda à crise alimentar na Palestina e pediu ao Kremlin que envie remessas de grãos aos territórios ocupados.

LEIA: Presidente palestino desconfia dos EUA, aproxima-se da Rússia

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