Nesta quarta-feira (14), facções da resistência palestina reiteraram seu apelo pela revogação integral dos Acordos de Oslo e fim da cooperação de segurança entre a Autoridade Palestina (AP) e o governo de Israel. As informações são da rede de notícias Quds Press.
Ao falar em nome da coalizão de resistência, Nafeth Azzam – oficial sênior do movimento de Jihad Islâmica – destacou que Oslo concedeu suposta “legitimidade” à ocupação israelense e seus assentamentos ilegais exclusivamente judaicos em terras árabes.
Azzam fez seus comentários durante um evento em Gaza para rememorar o aniversário de 29 anos do controverso acordo assinado na Casa Branca. Azzam alertou contra a contiguidade da normalização entre estados árabes e Israel.
“Este caminho está fadado ao fracasso”, comentou Azzam. “Os palestinos surpreenderam o mundo com seu contundente repúdio aos Acordos de Oslo e à normalização de laços com a ocupação”.
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A resistência palestina, observou Azzam, sobrepujou a equação de segurança imposta por Israel e forçou a ocupação a deixar a Faixa de Gaza há 17 anos. “Temos orgulho de nossa resistência e nosso povo insiste em manter seu projeto de libertação e construção nacional”.
Azzam concluiu ao advertir que os ataques israelenses contra a Mesquita de Al-Aqsa podem incitar um “conflito de larga escala” na região.
No final da conferência, Yaser Abu Hilal – secretário-geral do movimento al-Ahrar – leu em voz alta as recomendações dos participantes.
Em suma, os grupos palestinos descreveram os Acordos de Oslo como “erro histórico” e reafirmaram a importância e legitimidade de todas as formas de resistência, incluindo a resistência armada, contra a ocupação e colonização israelense.








