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Meio milhão de crianças enfrentam desnutrição aguda na Somália

Crianças em um campo de refugiados em Baidoa, em meio à estiagem na Somália, em 3 de setembro de 2022 [Ed Ram/Getty Images]

O número de crianças que enfrentam desnutrição aguda na Somália alcançou mais de meio milhão de vítimas – recorde desde a fome generalizada que tomou o país em 2011, quando dezenas de milhares de crianças faleceram.

Os números foram corroborados por agências das Nações Unidas nesta terça-feira (13), segundo informações da Reuters.

“Temos mais de meio milhão de crianças sob ameaça de morte que poderia ser evitada”, alertou James Elder, porta-voz do Fundo da Infância das Nações Unidas (Unicef), durante coletiva de imprensa em Genebra. “Trata-se de um pesadelo pendente”.

Elder reiterou que nenhum outro país apresentou os mesmos índices neste século.

A Organização das Nações Unidas (ONU) reafirmou que partes da Somália serão tomadas pela fome generalizada nos próximos meses, à medida que o território africano vivencia sua quinta temporada de chuvas marcada pela estiagem.

A grande fome de 2011 ceifou mais de 250 mil vidas – metade das quais, crianças.

No início de setembro, a Unicef confirmou que centenas de crianças já morreram de desnutrição em clínicas espalhadas pela Somália.

Conforme um oficial regional, famílias famintas caminham quilômetros com seus filhos nos ombros para fugir da estiagem e da violência imposta por células terroristas do Al Shabaab. Muitas crianças perecem na dura jornada.

A Unicef apontou ainda que surtos epidemiológicos atingem cada vez mais crianças na Somália. Há cerca de 13 mil casos suspeitos de sarampo, identificados apenas nos meses recentes – 78% dos pacientes têm menos de cinco anos.

LEIA: Desnutrição infantil grave aumenta 300% em meio à seca na Somália

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