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Organização de direitos humanos acusa AP de aumentar prisões na Cisjordânia

9 de setembro de 2022, às 15h18

Manifestantes palestinos se reúnem na cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 17 de julho de 2021 em protesto contra a morte do ativista Nizar Banat enquanto estava sob custódia das forças de segurança da AP.[Foto de Abbas Momani/AFP via Getty Images]

A Autoridade Palestina intensificou “campanhas de prisões arbitrárias e tortura” de palestinos, “em paralelo com campanhas semelhantes das forças de ocupação israelenses”, afirmou a Organização Árabe para os Direitos Humanos no Reino Unido (AOHR) em um comunicado à imprensa.

A organização acrescentou que as prisões ocorrem à noite e que as práticas ocorrem ao mesmo tempo são semelhantes às prisões e práticas israelenses. Elas incluem buscas domiciliares, intimidação de moradores e destruição dos bens das casas que revistadas.

“Desde o início do ano, as forças de segurança da AP continuaram sua própria campanha de prisões na cidade, visando ativistas e jornalistas em particular”, afirmou.

O grupo de direitos humanos enfatizou que muitos detidos foram submetidos a torturas severas e “tratamentos degradantes”, especialmente aqueles que foram transferidos para a notória prisão de Jericó chamada “Matadouro”, onde são usados ​​os meios mais hediondos de tortura.

O comunicado acrescenta que desde o início do ano a cidade de Jenin e o campo de refugiados a ela vinculado foram alvo das forças israelenses, com 30 palestinos – incluindo crianças – sendo mortos e várias casas demolidas. Isso tudo, disse o AOHR. teve  “aceitação das forças da AP baseadas lá”.

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