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Ocidente pode chegar a melhor acordo com Irã, insiste parlamentar israelense

Itens de tecnologia nuclear no Centro de Convenção Internacional de Teerã, 10 de abril de 2022 [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]

Israel crê que as potências ocidentais podem chegar a um “melhor acordo” com Teerã sobre seu programa nuclear, reafirmou nesta sexta-feira (2) Ram Ben-Barak – chefe do Comitê de Defesa e Política Externa do Knesset, parlamento israelense.

A apreensão israelense coincide com a iminente conclusão das longas negociações entre as partes para restaurar o acordo nuclear de 2015, conforme informações da agência Reuters.

“Temos de firmar um acordo melhor com condições mais rígidas, o que não conseguimos ver no presente momento”, insistiu Ben-Barak em entrevista à rádio israelense.

O acordo parecia próximo de ser retomado em março. Porém, conversas indiretas entre Teerã e Washington chegaram a sucessivos impasses, em particular, sob persistência iraniana de que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) abandone suas averiguações sobre traços de urânio encontrados em três locais não-declarados.

Após 16 meses de negociações indiretas entre as partes, em 8 de agosto, Josep Borrell – chefe de política externa da União Europeia – afirmou que o bloco mediador apresentou uma oferta final para superar o impasse e ressuscitar o acordo.

Conforme Ben-Barak, os inquéritos em aberto e os mecanismos futuros de averiguação são as principais preocupações de Tel Aviv. “Temos de obter respostas honestas e verdadeiras sobre suas ações nos país”

Teerã alega que as investigações têm motivação política.

Ben-Barak – ex-vice-diretor do Mossad, agência de espionagem israelense – argumentou que a república islâmica não é tão forte quanto parece, dado o impacto de anos de sanções. Segundo o parlamentar, a pressão sobre Teerã – por diplomacia ou armas – pode convencer o governo a abandonar suas ambições atômicas por completo.

Israel é considerado a única potência nuclear do Oriente Médio e prometeu nunca permitir que o Irã obtenha armamentos atômicos, a qualquer custo. Ambos os regimes trocam acusações de sabotagem e guerra cibernética.

A república islâmica nega intenções beligerantes em seu programa nuclear.

“O que quer Israel é algo melhor no lugar deste acordo”, concluiu Ben-Barak. “Algo melhor significa dizer aos iranianos: ‘Escutem, vocês não terão um programa nuclear’”.

LEIA: Os EUA garantem a Israel que o Irã não se tornará uma potência nuclear

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