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Prisioneiros palestinos mantêm negociações com Israel sobre greve de fome

Manifestação em solidariedade aos prisioneiros palestinos em greve de fome nas cadeias de Israel, em frente ao escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Cidade de Gaza, em 29 de agosto de 2022 [Mohammed Abed/AFP via Getty Images]

As negociações continuam entre prisioneiros palestinos e autoridades da ocupação israelense sobre as reivindicações dos presos para rematar sua greve de fome em massa, organizada em protesto aos abusos sistemáticos de seus carcereiros.

As informações são da rede de notícias Arabi 21.

“Negociações continuam entre os prisioneiros e a ocupação; é preciso algumas horas”, explicou Qadura Fares, chefe do Clube dos Prisioneiros Palestinos. “Portanto, a greve de fome em massa terá início à noite ao invés da manhã, na eventualidade de Tel Aviv responder positivamente às demandas dos prisioneiros”.

“Os prisioneiros deram uma oportunidade às negociações levarem o tempo necessário”, acrescentou Fares. “Caso alcancemos um acordo, não haverá greve de fome, da qual mil prisioneiros concordaram em participar”.

A greve de fome, no entanto, será mantida caso não haja acordo, observou Fares. “A principal demanda é encerrar as medidas repressivas do Serviço Penitenciário de Israel [IPS] dentro das cadeias [da ocupação]”.

LEIA: Autoridade Palestina alerta para medidas de Israel contra prisioneiros

Embora as autoridades carcerárias tenham sugerido a possibilidade de suspender medidas mais recentes – previstas para entrar em vigor em 5 de setembro –, os presos exigem a revogação de todos os procedimentos de repressão.

Qadri Abu Bakr – chefe da Comissão de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros – revelou em entrevista exclusiva à rede Arabi 21, na quarta-feira (31), que há “partes externas” mediando as negociações, com intuito de evitar a greve de fome.

Abu Bakr não concede detalhes, mas Fares reportou que, entre as partes, estão agentes de inteligência da Autoridade Palestina.

Israel mantém mais de 4.500 palestinos em suas prisões, incluindo mulheres e crianças.

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