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Ex-chefes de inteligência instam Israel a preparar ataque contra Teerã

Então premiê israelense Benjamin Netanyahu discursa sobre o acordo nuclear iraniano no Ministério da Defesa em Tel Aviv, 30 de abril de 2018 [Jack Guez/AFP via Getty Images]

Um grupo de ex-chefes militares e de inteligência instou Tel Aviv a se preparar a uma eventual ação militar contra o Irã, ao passo que a república islâmica supostamente se aproxima de uma bomba nuclear, reportou neste domingo (28) o jornal Israel Hayom.

Amos Gilad e Yaakov Amidror – ex-chefe do Departamento de Assuntos Político-Militares do Ministério da Defesa e ex-conselheiro de segurança nacional – alegaram que Tel Aviv tem de estar preparado caso fracasse o acordo entre Teerã e potências internacionais.

“A ameaça iraniana é uma ameaça estratégica de larga escala ao Estado de Israel”, declarou Gilad. “Devemos entender que não é apenas um ponto de vista, mas que os iranianos estão investindo vastos esforços para desenvolver suas capacidades hostis”.

“No Líbano, segundo publicações estrangeiras, eles possuem 150 mil foguetes apontados para Israel, além de mísseis de longo alcance e capacidades cibernéticas e terroristas”, acrescentou. “Como se não bastasse, estão à margem da capacidade atômica”.

LEIA: Extremismo no governo ameaça Israel mais do que o Irã nuclear, diz ex-primeiro-ministro

Amidror reafirmou: “Trata-se de um acordo ruim, mas é positivo que Israel deixou claro que não se compromete a ele. As alternativas diplomáticas foram exauridas quando Washington decidiu buscar o acordo a qualquer custo”.

“Não vejo como não envolver a força para persuadir os iranianos, pois jamais cessaram seus esforços não importa a pressão diplomática ou econômica”, prosseguiu o major-general. “O contexto requer garantias de que estamos preparados a uma opção militar”.

O tenente-coronel Michael Segall – ex-chefe de assuntos iranianos da Diretoria de Inteligência das Forças de Defesa de Israel (FDI) – ressoou o alerta: “Dentro de um curto período, o acordo nuclear levará ao fortalecimento do Hezbollah e outros grupos aliados na região”.

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