Há “extrema tensão” nas cadeias de Israel em meio a um crescente impasse entre autoridades carcerárias e prisioneiros palestinos, alertou nesta sexta-feira (26) a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos – proeminente ong de direitos humanos.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Prisioneiros palestinos em diversas cadeias israelenses lançaram uma onda de protestos nesta semana, contra os persistentes abusos.
Autoridades escalaram a situação com medidas mais severas, incluindo “isolamento reforçado e remoção de aparelhos elétricos” disponíveis aos prisioneiros, além de reforçar o contingente repressivo e de vigilância nas penitenciárias.
Em retaliação, os palestinos decidiram desmantelar todas as “facções” presentes nas prisões israelenses, a partir deste domingo (28), de modo que as autoridades terão de negociar com cada detento isoladamente.
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No decorrer da semana, prisioneiros se recusaram a colaborar com revistas diárias, devolveram refeições e conduziram protestos sit-in nos pátios das instalações. Os palestinos denunciam Tel Aviv por reverter compromissos acordados em março.
Os prisioneiros palestinos citam transferência arbitrária – sobretudo de mulheres –, como um dos abusos cometidos por Israel.
Segundo estimativas, há cerca de 4.550 prisioneiros palestinos nas cadeias israelenses, incluindo 175 menores de idade e 27 mulheres, além de 670 indivíduos sob “detenção administrativa” – isto é, sem julgamento ou sequer acusação.
Por anos, palestinos encarcerados pela ocupação adotam greves de fome para reivindicar melhor condição de vida e julgamento adequado.
