Duzentos residentes médicos de Israel se demitiram nesta quinta-feira (25), em protesto contra turnos de trabalho de até 26 horas consecutivas.
Rey Biton – chefe da Organização de Residentes Médicos (Mirsham) – confirmou a demissão em massa e advertiu para uma escalada nas manifestações caso a crise não seja solucionada.
Em referência ao premiê israelense e seus ministros da finança e saúde, reafirmou Biton: “Toda semana – às quintas-feiras, 14 horas da tarde – novas cartas de exoneração serão deferidas em quantidades similares. Temos enorme esperança de que as autoridades acordem, antes que as demissões entrem em vigor, dentro de quinze dias”.
“As cartas de exoneração encaminhadas neste momento com coração pesado e mão trêmula demonstram a culpa do governo em não cumprir suas promessas de rematar os turnos de 26 horas”, acrescentou Biton.
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“Estamos a caminho da pior crise do setor de saúde na história de Israel. O governo se recusa a assumir responsabilidade e insiste em se esconder por trás das eleições, como se essa desculpa pudesse varrer sua vergonha para debaixo do tapete”.
Em outubro, milhares de residentes médicos se demitiram como protesto aos turnos abusivos. O governo prometeu então abater a carga-horária a 18 horas de trabalho – a princípio, em dez hospitais.
O plano deveria entrar em vigor em 1° de abril, mas foi postergado a setembro de 2023, sob pretexto de problemas de tramitação causados pelo processo eleitoral. Em novembro, Israel vivencia sua quinta eleição em quatro anos, após o colapso do governo anterior.








