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Advogados palestinos fazem greve contra mudanças de Abbas

Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas na Cisjordânia ocupada, 10 de fevereiro de 2022 [Mohamad Torokman/AFP/Getty Images)

Membros da Ordem dos Advogados da Palestina se recusaram a comparecer a sessões judiciais e realizaram um protesto sit-in em frente à sede da Autoridade Palestina (AP), em Ramallah, na Cisjordânia ocupada. O ato convocado nesta segunda-feira (25) manifestou repúdio a emendas judiciais impostas pelo presidente palestino Mahmoud Abbas.

A Ordem dos Advogados entregou ao Ministro da Justiça Mohammed Al-Shalaldeh uma carta com suas demandas.

Mais de 1.200 advogados participaram do protesto para reivindicar a revogação de emendas que representam “risco à justiça e à dignidade dos cidadãos”.

As medidas incluem permitir que audiências prossigam sem a presença do réu. De acordo com a associação da categoria, a presença do réu é crucial para que o juiz fiscalize a integridade do processo e para proteger o suspeito de atos arbitrários – como assédio ou tortura.

O novo texto abre caminho para que prisioneiros políticos – sob pretexto de segurança – sejam transferidos à Corte dos Magistrados de Jericó sem qualquer fundamento legal, reportou o site de notícias Jerusalem24.

Daoud Darawi, secretário-geral da Ordem dos Advogados da Palestina, comentou: “Esperamos nos próximos dias trazer uma resposta das autoridades e do presidente Mahmoud Abbas, para interromper tais medidas por meio da lei”.

“Desde o princípio, estamos abertos ao diálogo, mas estamos convencidos de que as decisões não podem ser implementadas na presente forma, pois afetarão os direitos dos suspeitos em frente ao tribunal”, acrescentou Darawi.

LEIA: Abbas diz a Biden que ‘estende a mão’ pela paz com Israel

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