clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Bin Salman lança fase 2 da restauração de mesquitas milenares na Arábia Saudita

14 de julho de 2022, às 09h07

Príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammed bin Salman em Riad, Arábia Saudita em 30 de outubro de 2021 [Corte Real da Arábia Saudita/Agência Anadolu]

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman, lançou a segunda fase de um programa para reformar e restaurar mesquitas históricas em todo o reino, informou a Agência de Imprensa Saudita.

O Projeto Príncipe Mohammed Bin Salman para a Renovação de Mesquitas Históricas, anunciado em 2018, visa restaurar um total de 130 mesquitas em várias regiões. A segunda fase incluirá a restauração de trinta dessas mesquitas, seis das quais na capital Riad, com cinco e quatro nas cidades sagradas de Meca e Medina, respectivamente.

Para a tarefa foram contratadas empresas especializadas na recuperação de edifícios históricos, com destaque para o envolvimento de engenheiros sauditas para “preservar a identidade original de cada mesquita”, explicou o SPA.

Durante a primeira fase do projeto, trinta mesquitas foram restauradas a um custo de mais de US$ 13,3 milhões. A mesquita mais antiga restaurada data de 1.432 anos.

LEIA: Caos no turismo religioso expõe erros estratégicos da centralização saudita

No ano passado, o Arab News observou que entre as mesquitas históricas incluídas no projeto estavam as mesquitas Jumu’ah e Qiblatain construídas pelo profeta Muhammad , juntamente com outras construídas por seus primeiros seguidores.

“As mesquitas históricas na Arábia Saudita remontam ao período inicial do profeta,  há mais de 1.400 anos, o início da era islâmica e os vários estados islâmicos, incluindo os estados omíadas, abássidas e mamelucos, até a era do estado saudita. ” disse Sultan Al-Saleh, consultor de patrimônio cultural e diretor da Saudi Heritage Preservation Society, ao Arab News na época.

Apesar do projeto ambicioso, o reino enfrentou críticas de várias organizações muçulmanas pela destruição de mais de 98% da herança islâmica no país. Esse vandalismo cultural ocorreu para abrir caminho para expansões de mesquitas em Meca e Madina ou para construir hotéis de luxo e outros empreendimentos.