OTAN terceiriza ao Marrocos violência da Europa contra migrantes africanos para ostentar direitos humanos, diz ong internacional

Depois que forças espanholas e marroquinas repeliram brutalmente centenas de migrantes e massacraram dezenas deles há mais de uma semana, a organização climática internacional  Conselho Global de Comunicações Estratégicas (GSCC, na sigla usual em inglês) condenou a lista da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por tratar migrantes africanos como uma “ameaça”.

No final de junho, pelo menos 23 migrantes africanos foram mortos pelas forças marroquinas e espanholas enquanto tentavam atravessar do Marrocos para o enclave espanhol de Melilla. As imagens, que se tornaram virais online, mostraram agentes fronteiriços dos dois países em pé espancando os migrantes forçados a se deitar no chão.

Em um comunicado de imprensa, a rede do GSCC condenou o incidente e afirmou que, para evitar a questão de por que os migrantes precisam fugir, “o governo espanhol empregou a tática usual de culpar os contrabandistas – embora alguns refugiados contradisseram essa visão”.

A rede disse que o Marrocos apenas arma a questão da migração de outras nações africanas “porque é encarregado pela Europa de realizar a violência nas fronteiras em seu nome”. Em um esforço para manter a percepção de que os países europeus e a UE estão comprometidos com os direitos humanos, o continente “terceiriza grande parte da violência necessária para manter suas políticas de fronteira para países não pertencentes à UE – permitindo evitar golpes políticos e reivindicações legais de abuso que pode parar o funcionamento do sistema.”

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