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Israel deve abandonar pressão para expulsar palestinos de Masafer Yatta, alerta ONU

Comunidades palestinas de Masafer Yatta, que vivem em tendas e estruturas improvisadas sob pressão da ocupação israelense para expulsá-los da área, ao sul de Hebron (Al-Khalil), Cisjordânia ocupada, 7 de maio de 2022 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) fez um novo apelo para que Israel interrompa suas demolições, atividades militares e outras medidas coercitivas em Masafer Yatta, perto de Hebron (Al-Khalil), Cisjordânia ocupada, e permita que os residentes palestinos permaneçam em suas casas com segurança e dignidade.

“A pressão sobre as comunidades de Masafer Yatta para que deixem suas casas vem escalando desde 4 de maio, quando a Suprema Corte de Israel ratificou sua expulsão deliberada, para dar lugar a um campo de treinamento militar”, reiterou Yevonne Helle, coordenadora humanitária em exercício.

“A comunidade humanitária está pronta para prover assistência a Masafer Yatta”, acrescentou. “Em último caso, não obstante, as autoridades devem cumprir suas obrigações em proteger os habitantes da região, conforme a lei internacional”.

“Nas últimas semanas, dezenas de pessoas tiveram suas casas demolidas em Khirbet al Fakhiet e Mirkez; em alguns casos, pela terceira vez em menos de um ano”, relatou Helle. “Em Khirbet al Tabban e Khallet Athaba, novos mandados de demolição foram emitidos na última quinzena.  Mais recentemente, um treino militar foi lançado perto de áreas residenciais. As pessoas estão apavoradas”.

Masafer Yatta abriga 1.144 pessoas, incluindo 569 menores. Além do impacto imediato sobre habitação e subsistência, os avanços da ocupação equivalem a violações de direitos humanos, incluindo expulsão e transferência forçada, em detrimento da Quarta Convenção de Genebra.

LEIA: O novo esquema de Israel para anexar a Cisjordânia ocupada

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