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Premiê da Finlândia teme ‘congelamento’ do processo de filiação à OTAN

Primeira-Ministra da Finlândia Sanna Marin em Bruxelas, Bélgica, 21 de outubro de 2021 [Riccardo Pareggiani/Anadolu Agency]

A Primeira-Ministra da Finlândia Sanna Marin afirmou nesta terça-feira (14) que seu pedido — junto da Suécia — para filiar-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) pode ser “congelado” caso não haja acordo com a Turquia até 28 de junho, quando a cúpula da aliança militar se reúne em Madrid.

Qualquer acordo para entrar na OTAN deve ser ratificado unanimemente pelos 30 integrantes. A Turquia mantém seu veto às solicitações de Helsinque e Estocolmo.

Os países escandinavos expressaram espanto com a objeção do governo de Recep Tayyip Erdogan, ao insistirem que Ancara manifestou apoio à decisão até que fosse consolidada.

LEIA: A estratégia de expansão da OTAN está ajudando a destruir a Ucrânia, membro de fato

“É crucial avançarmos neste ponto”, advertiu Marin. “Se não solucionarmos tais questões antes de Madrid, é provável que a situação permaneça congelada … Não sabemos por quanto tempo, mas a situação deve ficar suspensa por algum tempo”.

Ancara acusa Suécia e Finlândia de fornecer santuário a membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado grupo “terrorista” pela Turquia e aliados ocidentais.

Marin destacou que ambos os países levam a sério as preocupações de Ancara e querem abordá-las para “esclarecer qualquer eventual mal-entendido”.

“Naturalmente, levaremos todas as questões a sério para que sejam debatidas, mas penso que a Turquia também é capaz de buscar soluções”, destacou a primeira-ministra, durante coletiva de imprensa com homólogos regionais.

Na segunda-feira (13), em visita à Suécia, o Secretário-Geral da OTAN Jens Stoltenberg afirmou que a coalizão trabalha arduamente para resolver as apreensões “legítimas” pronunciadas por Ancara. Contudo, Stoltenberg confirmou que o veto turco pode permanecer como impasse na capital espanhola.

Finlândia e Suécia decidiram romper sua tradicional neutralidade militar e entrar na OTAN devido à invasão russa contra a Ucrânia, deflagrada em 24 de fevereiro.

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