O prisioneiro jordaniano Abdullah al-Barghouti, de 50 anos, lançou uma greve de fome sem prazo para acabar, em protesto a seu confinamento solitário na penitenciária israelense de Rimon, reportou neste domingo (12) a rede Quds Press.
Segundo seu irmão Raif, al-Barghouti e três outros presos continuam na solitária sob alegações de contrabandear um celular. Sua família responsabilizou as autoridades de Israel por qualquer deterioração dos problemas de saúde dos quais sofre al-Barghouti.
Conforme a reportagem, o Comitê Nacional para Prisioneiros e Desaparecidos Jordanianos nas Cadeias Israelenses confirmou acompanhar o caso. “[Al-Barghouti] está trancado em uma cela inadequada à vida humana”, destacou a entidade.
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O comitê fez um apelo ao governo jordaniano para assumir responsabilidade por al-Barghouti — registrado como detento n° 9721041489 — submetido a “tortura e humilhação” nas mãos das autoridades de Israel. Al-Barghouti foi condenado a 67 penas perpétuas.
O Serviço Penitenciário de Israel (SPI) intensificou suas medidas restritivas desde setembro, quando seis palestinos fugiram de uma instalação de segurança máxima. Após uma intensa caçada, todos foram recapturados.
Até maio, havia 4.600 prisioneiros palestinos nas cadeias de Israel, incluindo 31 mulheres e 172 menores de idade. Ao menos 682 prisioneiros são mantidos em detenção administrativa — isto é, sem acusação ou julgamento, por prazo indeterminado. Ao menos 29 detentos permanecem em confinamento solitário.
