Autoridades israelenses voltaram a cortar o fornecimento de água potável para a Mesquita Abraâmica — também conhecida como Túmulo dos Patriarcas — em Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada.
O corte foi confirmado neste domingo (12) por Ghassan al-Rajabi, diretor da mesquita, e já chega a seu quarto dia consecutivo.
Segundo al-Rajabi, trata-se de uma tentativa da ocupação para restringir a presença islâmica e palestina. Todavia, colonos ilegais — radicados em assentamentos exclusivamente judaicos na região de Hebron — são escoltados por soldados ao invadir regularmente o santuário islâmico.
Al-Rajabi reiterou que Israel busca impor controle absoluto sobre a mesquita, mas insistiu que os palestinos manterão sua resistência perante o projeto supremacista imposto pela ocupação militar e limpeza étnica da Palestina histórica.
Em 1994, um colono israelo-americano executou 29 muçulmanos com um rifle do exército israelense e feriu outros cem fiéis, durante a oração da manhã na Mesquita Abraâmica. Os sobreviventes conseguiram conter Baruch Goldstein, que morreu na ocasião. O túmulo do atirador tornou-se um local de culto para os colonos em Hebron.
No mesmo contexto, em Jerusalém ocupada, colonos ilegais voltaram a invadir a Mesquita de Al-Aqsa. Conforme testemunhas, ao menos 120 colonos invadiram o local neste domingo, sob escolta da ocupação, com intuito de realizar rituais talmúdicos.
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