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Suécia busca progresso nas negociações com Turquia sobre entrada na OTAN

Ministra de Relações Exteriores da Suécia Ann Linde assina solicitação de seu país para filiar-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em Estocolmo, 17 de maio de 2022 [Henrik Montgomery/AFP via Getty Images]

A Suécia quer obter um “progresso construtivo” nas conversas com a Turquia, sobre a oposição do regime de Recep Tayyip Erdogan à entrada do estado nórdico na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), confirmou nesta sexta-feira (10) a chanceler sueca Ann Linde.

Finlândia e Suécia solicitaram sua filiação à coalizão armada em maio, sob receios deflagrados pela invasão russa na Ucrânia. Entretanto, a Turquia — um dos estados-membros, com poder de veto — objetou a medida, ao acusar ambos os países de abrigar militantes curdos e outros grupos considerados “terroristas”.

A persistente oposição de Erdogan pegou de surpresa oficiais dos países requerentes e da OTAN e anuviou esperanças de procedimentos rápidos para a filiação, às vésperas de uma reunião de cúpula da aliança militar na cidade de Madrid, neste mês.

“Nosso pedido recebeu apoio amplo entre membros da OTAN”, reafirmou Linde ao parlamento em Estocolmo. “Nosso anseio é, de modo construtivo, obter progresso nas questões abordadas pela Turquia”.

Linde insistiu que não pode haver dúvidas de que a Suécia permanece ao lado de seus aliados no combate ao terrorismo.

LEIA: Conversas entre Turquia e estados nórdicos sobre OTAN pouco avançam, conforme relatos

O governo da Suécia sobreviveu a uma votação para dissolvê-lo na terça-feira (7), com ajuda de um congressista que reivindica publicamente apoio aos curdos no norte da Síria; sua influência em Estocolmo pode complicar ainda mais as negociações com Ancara.

Em 2019, autoridades suecas suspenderam a exportação de armas à Turquia, após Erdogan lançar uma série de operações militares no norte da Síria. Ancara exige agora o retorno das vendas para suspender seu veto à filiação escandinava.

Embora sem referir-se diretamente à Turquia, Linde confirmou que a eventual entrada de seu país na aliança militar pode “alterar as condições para exportações de armas, conforme nosso quadro regulatório nacional”.

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