O Ministério da Defesa de Israel planeja retomar um controverso projeto colonial na chamada Área E1 da Cisjordânia ocupada, após o estado sionista remover o esquema de sua agenda em janeiro, em meio à pressão internacional.
O Departamento de Administração Civil do Exército de Israel, responsável por autorizar obras coloniais na Cisjordânia, divulgou nesta terça-feira (31) a pauta de um encontro previsto para 18 de julho, cujo intuito é debater objeções ao projeto, que totaliza 3.412 novas habitações a colonos ilegais.
As informações são do jornal Times of Israel.
O projeto recebeu aprovação inicial do ex-premiê Benjamin Netanyahu, em 2012, mas foi procrastinado por oito anos sob veemente pressão externa.
As residências serão erguidas a leste do assentamento ilegal de Ma’ale Adumim, no centro da Cisjordânia, e deverão romper a contiguidade entre os bairros árabes de Jerusalém Oriental e as cidades de Ramallah e Belém.
O próximo estágio do processo compreende o debate do Subcomitê de Alto Planejamento da Administração Civil, incluindo a leitura das diversas objeções ao plano, registradas por grupos de direitos humanos israelenses e palestinos.
Previamente, as audiências para tanto foram adiadas sucessivamente, em meio ao impasse político e aos ciclos eleitorais de Israel. Em agosto de 2021, no entanto, duas sessões foram realizadas, mas uma audiência final, marcada para janeiro, foi removida da agenda.
As intenções do Ministério da Defesa veem a público semanas antes de Joe Biden realizar sua primeira viagem a Israel como Presidente dos Estados Unidos e semanas depois do estado da ocupação confirmar planos para construir 4.500 unidades coloniais na Cisjordânia, a despeito da oposição da Casa Branca.
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