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Pesquisa revela aumento na desconfiança entre árabes e judeus em Israel

Colonos judeus escoltados por policiais israelenses para entrar em Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, 18 de abril de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]
Colonos judeus escoltados por policiais israelenses para entrar em Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, 18 de abril de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Uma pesquisa conduzida pelo Congresso de Israel, grupo que estuda a sociedade local, revelou aumento na hostilidade e na desconfiança entre árabes e judeus que vivem na região, segundo informações do jornal The Jerusalém Post.

A pesquisa coincidiu com o primeiro aniversário da ofensiva israelense contra Gaza, que matou mais de 260 palestinos, incluindo 41 mulheres, 60 crianças e 16 idosos.

Os dados apontaram que 49% dos judeus e 43% dos árabes não acreditam na possibilidade de convivência entre suas respectivas comunidades nas chamadas cidades mistas.

A desconfiança se reflete em atividades cotidianas, relatou a pesquisa, dado que 34% dos judeus e 55% dos árabes confirmaram alguma mudança de hábito devido aos confrontos.

Cerca de 40% dos árabes sentem hostilidade de judeus israelenses no transporte público, áreas de lazer, recintos comerciais e escritórios públicos. Cerca de 38% dos árabes temem manifestar opinião em público e 48% sentem a mesma relutância em seu local de trabalho.

“Os incidentes de maio de 2021 deixaram uma marca profunda no público árabe e judaico e agravou receios entre as populações, sobretudo nas cidades envolvidas”, afirmou Adv Gilad Weiner, diretor-geral do Congresso de Israel.

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