Portuguese / English

Middle East Near You

Israel prende carregador de caixão espancado em funeral de jornalista

Forças israelenses atacam palestinos que carregavam o caixão da jornalista morta da Al-Jazeera Shireen Abu Akleh, em 13 de maio de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

A polícia israelense prendeu um dos carregadores do caixão palestino espancado por oficiais no funeral da jornalista assassinada da Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, disse o advogado do homem detido nesta quarta-feira, conforme noticiou a Reuters.

Um porta-voz da polícia confirmou a prisão de Amro Abu Khdair, mas disse que isso não está relacionado ao funeral de sexta-feira. Ele se recusou a dar o motivo da prisão do homem.

Imagens de oficiais israelenses empunhando cassetetes espancando os carregadores de caixão que, a certa altura, quase derrubaram o caixão de Abu Akleh, geraram ampla condenação internacional e alimentaram a raiva pela morte da repórter durante um ataque militar israelense na Cisjordânia ocupada em 11 de maio.

O advogado de Abu Khdair, Khaldoon Nijm, disse que seu cliente foi preso na segunda-feira (16), mas que as acusações não foram reveladas a ele e foram baseadas em informações do serviço de segurança doméstico de Israel. Ele disse que Abu Khdair mais tarde lhe disse que foi questionado sobre o funeral.

Um porta-voz da polícia disse que qualquer conexão feita com o funeral equivaleria a uma “conspiração barata”. A custódia de Abu Khdair foi estendida até domingo, disseram a polícia e o advogado.

Um segundo carregador de caixão, que pediu para não ser identificado, disse à Reuters que foi interrogado pela polícia, mas não foi preso.

O ministro da Segurança Interna de Israel, Omer Barlev, disse no sábado que ele e o comissário de polícia nomearam um painel para realizar uma “investigação abrangente do que aconteceu durante o funeral, a fim de aprender lições com o evento”.

Separadamente, Israel está conduzindo uma investigação sobre a morte de Abu Akleh. Os palestinos também estão investigando seu assassinato.

Os palestinos acusam as forças israelenses de assassiná-la. Israel negou atacá-la, dizendo que ela pode ter sido baleada acidentalmente por um soldado ou por um atirador palestino enquanto trocavam tiros na cidade de Jenin, na Cisjordânia.

 

 

Categorias
IsraelNotíciaOriente MédioPalestina
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments