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Emir do Catar se direciona ao Irã para ajudar a reviver acordo nuclear

Emir do Catar, sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, no Pentágono em Arlington, Virgínia, em 31 de janeiro de 2022 [Andrew Harnik/AFP via Getty Images]

O governante do Catar, o emir sheikh Tamim Bin Hamad Al Thani, chegou ao Irã, informou a mídia estatal iraniana hoje, enquanto o Estado do Golfo tenta ajudar a acabar com uma disputa entre Teerã e Washington sobre o renascimento do acordo nuclear de 2015, informou a Reuters.

Embora a mídia estatal iraniana tenha retratado a visita como prova da expansão dos laços do Irã com países regionais, uma fonte informada sobre a visita disse à Reuters, no domingo (08), que a viagem do emir tinha como objetivo levar as partes do pacto nuclear do Irã a “um novo meio-termo”.

As apostas são altas, já que o fracasso em restabelecer o pacto pode acarretar o risco de uma nova guerra regional. Israel, arqui-inimigo do Irã, ameaçou uma ação militar se a diplomacia entrar em colapso.

Quase um ano de negociações indiretas entre Teerã e Washington para salvar o pacto está suspensa desde março, principalmente devido à insistência de Teerã de que os EUA removam o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), sua força de segurança de elite, da Organização Terrorista Estrangeira dos EUA (FTO, na sigla em inglês).

LEIA: Delegado europeu visita Irã para salvar acordo nuclear

Washington deixou claro que não tem tais planos, mas também não descartou.

Os governantes do Irã acreditam que uma abordagem intransigente, liderada pelo líder supremo fortemente antiocidental do país, o aiatolá Ali Khamenei, pode forçar Washington a aceitar as exigências de Teerã, disseram autoridades iranianas à Reuters no mês passado.

Sob o pacto de 2015, o Irã restringiu seu trabalho sensível de enriquecimento de urânio, um possível caminho para armas nucleares, em troca do levantamento das sanções econômicas.

Mas em 2018, o então presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou o pacto e reimpôs sanções ao Irã, levando Teerã a retaliar ao violar gradualmente as restrições nucleares do pacto.

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