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Israel procura palestinos suspeitos de matar três em ataque

Polícia israelense faz investigação após o ataque El'ad, Israel, em 05 de maio de 2022. Pelo menos três pessoas morreram e quatro ficaram feridas, duas delas em estado grave [Nir Keidar/Agência Anadolu]
Polícia israelense faz investigação após o ataque El'ad, Israel, em 05 de maio de 2022. Pelo menos três pessoas morreram e quatro ficaram feridas, duas delas em estado grave [Nir Keidar/Agência Anadolu]

As forças de segurança israelenses lançaram uma caçada massiva nesta sexta-feira por dois palestinos suspeitos de matar três pessoas em um ataque em uma cidade no centro de Israel, disse a polícia, conforme relatou a Reuters.

O ataque na noite de quinta-feira, Dia da Independência de Israel, é o mais recente de um recente surto de violência israelense-palestina que levantou temores de um retrocesso para um conflito mais amplo.

“Vamos colocar nossas mãos nos terroristas e em seu ambiente de apoio, e eles pagarão o preço”, disse o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, após o ataque na cidade de Elad, a cerca de 15 quilômetros de Tel Aviv.

Testemunhas e equipes de emergência disseram que os atacantes usaram machados. Outras quatro pessoas ficaram gravemente feridas, segundo os médicos.

A polícia identificou os agressores como dois palestinos da área de Jenin, na Cisjordânia ocupada por Israel, e disse que eles provavelmente fugiram do local em um carro. A polícia montou bloqueios nas estradas, enviou um helicóptero e solicitou a ajuda da população para encontrar os suspeitos.

O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, estendeu o fechamento da Cisjordânia e de Gaza, imposto antes do feriado nacional, para impedir a entrada de palestinos em Israel, até domingo.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em um comunicado na quinta-feira (05), condenou o “ataque horrível contra homens e mulheres inocentes”.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, também condenou o ataque e disse que “o assassinato de civis palestinos e israelenses só levará a mais deterioração”, informou a agência de notícias palestina WAFA.

Desde março, palestinos e membros da minoria árabe de Israel mataram 18 pessoas, incluindo três policiais e um segurança, em ataques em Israel e na Cisjordânia que atingiram principalmente civis.

Israel respondeu com prisões em cidades e vilarejos palestinos que muitas vezes provocaram confrontos e elevaram o número de palestinos mortos pelas forças israelenses desde o início do ano para pelo menos 40.

As vítimas incluem membros armados de grupos militantes, agressores solitários e espectadores.

O Hamas, o grupo palestino islâmico que controla Gaza, elogiou o esfaqueamento de Elad, mas não reivindicou a responsabilidade. Ele disse que o ataque foi uma resposta às ações israelenses no complexo da Mesquita Al-Aqsa em Jerusalém.

No mês passado, palestinos e policiais israelenses tiveram confrontos repetidos no complexo, um dos locais mais sensíveis do conflito israelo-palestino.

Palestinos e Jordânia, o guardião do local que é o terceiro mais sagrado do Islã, acusam Israel de não fazer o suficiente para impor uma proibição de longa data de orações não muçulmanas lá, o que Israel nega. O complexo é o local mais sagrado do judaísmo e o vestígio de dois antigos templos judaicos.

Israel capturou Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental em 1967 na Guerra do Oriente Médio. Os palestinos buscam esses territórios para um futuro Estado.

LEIA: Relembrando o massacre israelense contra Gaza de 2021

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