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Emirados Árabes realizam primeiro serviço memorial para os mortos do exército israelense

Abu Dhabi sediou seu primeiro evento memorial oficial israelense para homenagear os soldados mortos do exército israelense

Abu Dhabi sediou seu primeiro evento memorial oficial israelense na terça-feira para homenagear os soldados mortos do exército israelense.

Os procedimentos ocorreram em hebraico na Embaixada de Israel em Abu Dhabi e foram conduzidos pelo embaixador israelense em Abu Dhabi, Amir Hayek.

“Aqui, em Abu Dhabi, curvaremos nossas cabeças e honraremos aqueles que em suas mortes nos deram a vida”, afirmou Hayek na cerimônia. “A partir daqui, prometa cuidar de um futuro melhor para as próximas gerações, um futuro em que nenhuma nação levantará uma espada contra outra nação, e nenhuma guerra será aprendida.”

“A partir daqui, de Abu Dhabi, continuaremos a lembrar os mortos. Continuaremos acompanhando os feridos e as famílias enlutadas”, disse ele.

Essa é a primeira vez que um evento desse tipo é realizado em um país árabe, segundo o site israelense Kan.

Em setembro de 2020, Emirados Árabes e Israel assinaram um acordo patrocinado pelos EUA para normalizar suas relações.

Desde então, os dois países trocaram visitas oficiais de altos funcionários e assinaram dezenas de acordos bilaterais em diversas áreas, incluindo investimentos, serviços bancários e turismo.

Três outros estados árabes – Bahrein, Marrocos e Sudão – juntaram-se aos Emirados Árabes no controverso movimento que veio a ser conhecido como os “Acordos de Abraão”.

Hayek disse mais tarde à Rádio do Exército de Israel que ficou emocionado durante a cerimônia. “Não me lembro de um discurso em que parei tantas vezes para digerir e enxugar lágrimas de tristeza, esperança e emoção”, disse.

“Acho que precisamos trabalhar passo a passo. Uma mãe cujo filho foi morto, não importa se ela é judia, cristã ou muçulmana, machuca a todos”, acrescentou.

Isso ocorreu depois que os Emirados Árabes convocaram o embaixador israelense para protestar contra as forças de ocupação que invadiram a Mesquita de Al-Aqsa e feriram mais de 150 palestinos.

Reem Bint Ebrahim Al Hashimy, ministro de Estado para Cooperação Internacional dos Emirados Árabes, enfatizou a necessidade de “parar imediatamente esses eventos [e] fornecer proteção total aos fiéis”, disse o Ministério em comunicado.

Ela também pediu “respeito ao direito dos palestinos de praticar seus ritos religiosos e interromper quaisquer práticas que violem a santidade da Mesquita de Al-Aqsa. Além disso, ela expressou preocupação com a escalada de tensão que ameaça a estabilidade e a segurança na região”.

LEIA: Para celebrar ‘independência’ de Israel, colonos invadem Al-Aqsa

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