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Crise fiscal paralisa operações do maior hospital palestino de Jerusalém

26 de abril de 2022, às 15h15

Trabalhadores de saúde no hospital palestino de al-Makassed, na Cidade Velha de Jerusalém, em 23 de julho de 2017 [Amir Abed Rabbo/Apaimages]

O maior hospital palestino de Jerusalém ocupada fechou suas portas a todos exceto pacientes de emergência em protesto à crise financeira, reportou ontem (25) a rede de notícias Arab48.

A associação dos trabalhadores do Hospital Al-Makassed destacou que seus trabalhadores não puderam conduzir suas tarefas devido à perseverante crise financeira e ao atraso dos salários.

Conforme a instituição de saúde, a Autoridade Palestina (AP) não realiza os pagamentos há meses, apesar de promessas proferidas após uma greve. “Agentes do governo prometeram pagar as remunerações até domingo, mas nada aconteceu”, explicou um comunicado.

No entanto, os trabalhadores locais advertiram que a proposta de Ramallah de quitar parte da dívida não abarca as necessidades diárias do centro médico.

Os profissionais convocaram um protesto em frente ao prédio nesta terça-feira (25), além de outro ato em frente ao Ministério das Finanças da Autoridade Palestina. A diretoria culpou o ministro Shouky Bshara pelo colapso fiscal em Jerusalém.

Segundo estimativas, Ramallah deve US$47 milhões à instituição médica, sobretudo para cobrir encaminhamentos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

Em agosto, Izz al-Din Hussein, diretor-geral de Al-Makassed, detalhou ao Middle East Eye que o hospital deve US$20 milhões a fornecedores de equipamentos médicos, além de US$9 milhões em impostos, convênios e empréstimos bancários.

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