Suíça retira queixa datada da Primavera Árabe contra oficiais egípcios

Promotores federais da Suíça decidiram encerrar uma investigação de 11 anos sobre suspeitas de lavagem de dinheiro por cidadãos egípcios relacionadas à Primavera Árabe. As informações são da agência de notícias Reuters.

“Apesar dos numerosos depoimentos e da transferência de 32 milhões de francos suíços ao Egito em 2018, a Procuradoria Geral deve aceitar que o inquérito foi incapaz de provar suas suspeitas, de modo a justificar indiciamento ou congelamento de recursos”, confirmou uma nota oficial nesta quarta-feira (13).

A procuradoria informou ainda que permitirá a liberação de 400 milhões de francos suíços — equivalente a US$429 milhões — em recursos congelados até então.

O inquérito suíço teve início em 2011, após os protestos que levaram à queda do ditador Hosni Mubarak. A princípio, o caso penal — “complexo e extenso” — abarcou 14 suspeitos, incluindo dois filhos de Mubarak, além de outros 28 indivíduos e 45 entidades legais.

Cinco suspeitos continuam sob investigações, destacou a procuradoria suíça.

Os suspeitos originais, cuja maioria deteve alguma posição de destaque em âmbito político ou econômico no Egito, foram acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

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