Portuguese / English

Middle East Near You

‘Nossas mãos não estão atadas’, afirma Jihad Islâmica a Israel

Ziad al-Nakhala, secretário-geral do movimento palestino de Jihad Islâmica, durante reunião com representantes das facções nacionais na embaixada palestina em Beirute, capital do Líbano, 3 de setembro em 2020 [Anwar Amro/AFP via Getty Images]

Ziyad al-Nakhala, secretário-geral do movimento palestino de Jihad Islâmica, advertiu neste domingo (10) que sua organização não permitirá “a qualquer custo” os ataques israelenses contra a cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.

“Os israelenses devem compreender que nossas mãos não estão atadas e que podemos intervir em apoio a nosso povo na Cisjordânia e em Jerusalém”, declarou al-Nakhala durante entrevista transmitida pela Al-Manar TV. “As capacidades de resistência são limitadas, mas impõem grave impacto sobre o estado da ocupação”.

Al-Nakhala insistiu que as operações de resistência em curso nos territórios ocupados não são meramente uma reação aos abusos de Israel, mas também o dever de todo cidadão palestino.

“Os palestinos têm inúmeras opções no caminho da resistência”, reafirmou. “A decisão de Gaza de responder aos crimes da ocupação cabe às forças de resistência”. Em seguida, prometeu não deixar de lado o povo de Jenin ou de Jerusalém.

“Aproxima-se uma batalha no mês do Ramadã e temos fé em nossos mujahideen [combatentes da resistência] e nossa crença de que a ocupação, apesar de sua força, continua fraca perante a vontade do povo palestino”, observou al-Nakhala.

O líder palestino também denuncia a escalada israelense contra Al-Aqsa, sobretudo durante o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, o que agrava o estado de tensão.

“Ficou claro para nós que os países árabes que normalizaram relações com Israel abandonaram a Palestina para sempre e tentam agora nos cercar e nos perseguir”, concluiu al-Nakhala, ao apontar uma recente reunião no Negev (Naqab) com oficiais israelenses. “Estes regimes não estão conosco e tampouco creem em nosso direito a um estado palestino”.

LEIA: A Espada de Jerusalém aguarda o ‘Guardião dos Muros 2’ de Israel

Categorias
IsraelNotíciaOriente MédioPalestina
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments