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‘Confronto contra a ocupação não chegará ao fim sem direitos’, adverte AP

Mulher palestina exibe uma bandeira nacional para protestar contra assentamentos ilegais e o controle israelense sobre o Monte al-Raysan, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, 22 de março de 2022 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

A luta palestina contra a ocupação israelense não terminará até que sejam conquistados os direitos legítimos da população nativa e um estado independente, destacou ontem (10) um comunicado da presidência da Autoridade Palestina (AP).

“O confronto contra a ocupação não acabou ainda e não chegará a seu fim sem que nosso povo obtenha seus direitos legítimos em um estado independente, com Jerusalém Oriental como sua capital”, declarou o porta-voz Nabil Abu Rudeineh.

“Vivemos em uma nova realidade, perigosa e diferente, que criou uma situação inadmissível, que pode levar à extinção de qualquer horizonte político”, reafirmou. “O povo palestino não aguardará; esta ocupação é a causa de todas as guerras e problemas na região”.

Então alertou para o risco representado por instruções emitidas pelo premiê israelense Naftali Bennett “para que seu exército opere sem restrições na Cisjordânia, para agredir e assassinar”.

Rudeineh advertiu também para “a ameaça dos colonos sobre a Mesquita Sagrada de Al-Aqsa” na próxima sexta-feira (15), em meio às preces do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.

O porta-voz condenou ainda “os assassinatos cotidianos de cidadãos palestinos, o último episódio dos quais sendo a morte de duas mulheres baleadas pelo exército da ocupação”.

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Nesta segunda-feira (11), o governo israelense aprovou a expansão do muro do apartheid em 40 km. A estrutura ilegal construída desde 2002 possibilita ao estado colonial anexar cada vez mais terras nativas na Cisjordânia ocupada.

Rudeineh destacou que todo este processo “empurra a conjuntura a condições incontroláveis”. Em seguida, solicitou “proteção e intervenção internacional para dar fim à agressão israelense contra os palestinos, antes que as coisas atinjam um estado devastador”.

Desde o início de março, forças da ocupação israelense mataram 17 palestinos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental; neste entremeio, catorze israelenses foram mortos.

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