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ONU pede ação urgente sobre arquivo de pessoas desaparecidas na Síria

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, discursa na abertura de uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em 28 de fevereiro de 2022 em Genebra [Fabrice Coffrini/AFP via Getty Images]

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu à comunidade internacional que aja com urgência e tome medidas tangíveis para promover os direitos humanos, a dignidade humana e a justiça na Síria e resolver o caso de pessoas desaparecidas.

Isso ocorreu em uma sessão realizada pela Assembleia Geral da ONU na sexta-feira para ouvir uma declaração da Alta Comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, sobre a situação dos direitos humanos na Síria.

Em seu discurso aos membros da assembleia, Bachelet expressou: “É essencial que a comunidade internacional responda à magnitude e ao horror das violações e dos crimes cometidos na Síria com ações concretas para defender mais fortemente os direitos humanos, a dignidade humana e a justiça”.

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Bachelet também acrescentou que é preciso agir rapidamente e que a comunidade deve ser proativa, porque as vítimas e suas famílias não merecem nada menos.

O alto comissário mencionou as famílias dos desaparecidos na Síria, enfatizando: “É urgente que eles sejam informados sobre o destino e paradeiro de seus entes queridos e tenham permissão para visitá-los ou se comunicar com eles”.

Ela observou uma clara falta de progresso na abordagem dessa tragédia, apesar do conflito sírio entrar em seu décimo segundo ano.

“A situação atual, o paradeiro e o destino de dezenas de milhares de pessoas ainda são desconhecidos. Dezenas de milhares de sírios foram arbitrariamente privados de sua liberdade em condições adversas e muitas vezes foram submetidos a tortura e maus-tratos, além da exposição de homens e mulheres, bem como crianças, incluindo meninos com menos de 11 anos, à violência sexual durante a detenção”, acrescentou Bachelet.

A Rede Síria para os Direitos Humanos estima o número de detidos e desaparecidos forçados na Síria em mais de 151.000, de acordo com um relatório divulgado em meados de março de 2022, para marcar o décimo primeiro aniversário da revolução síria.

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