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Tunísia deve racionalizar subsídios e controlar salários para reduzir déficit orçamentário, diz FMI

Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, em 15 de abril de 2020 [Saul Loeb/AFP via Getty Images]
Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, em 15 de abril de 2020 [Saul Loeb/AFP via Getty Images]

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse, na quarta-feira (30), que a Tunísia deve tomar uma série de medidas para reduzir o déficit orçamentário e reviver a economia, informou a Agência Anadolu, incluindo controle estrito sobre a massa salarial do setor público e subsídios mais direcionados. Uma equipe do FMI visitou a Tunísia na semana passada para conversar sobre o programa de reforma econômica.

“O FMI considera que uma redução consciente do déficit fiscal por meio de uma reforma tributária equitativa, controle estrito sobre a massa salarial do setor público, subsídios mais direcionados e reformas profundas das empresas estatais é necessária para restaurar a estabilidade macroeconômica”, disse o Fundo, “bem como para melhorar a eficiência das empresas estatais e fortalecer a competitividade da economia tunisina”.

Em 2021, a massa salarial do serviço público totalizou US$ 7,45 bilhões, um aumento de 164 por cento desde 2010. Dados do governo mostram que, entre 2010 e 2020, o custo de subsidiar bens e serviços aumentou 135,3 por cento, de US$ 510 milhões por ano para US$ 1,2 bilhão.

A equipe do FMI disse ter avançado nas discussões técnicas com as autoridades tunisianas. Acrescentaram que o Fundo continuará ao lado das autoridades tunisinas em seus esforços para avançar nas reformas econômicas e sociais.

“A Tunísia enfrenta grandes desafios estruturais que resultam em profundos desequilíbrios macroeconômicos, um fraco crescimento, apesar de seu forte potencial, uma alta taxa de desemprego, fraco investimento e desigualdade social”, explicou. O impacto da pandemia e da guerra na Ucrânia exacerbou ainda mais esses desafios estruturais.

A Tunísia entrou em negociações com o FMI em maio passado, mas as discussões foram interrompidas devido à instabilidade política no país, antes de serem retomadas em novembro. Agências internacionais rebaixaram recentemente o rating soberano da Tunísia, reduzindo suas chances de tomar empréstimos nos mercados globais de dívida.

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