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Seca na Somália ameaça fome generalizada no país, alerta ONU

Refugiados abrigam-se na Somália, 14 de março de 2017 [TONY KARUMBA/AFP/Getty Images]

A Organização Internacional para Migração (OIM), agência das Nações Unidas, advertiu que a Somália enfrenta risco de fome generalizada devido à seca severa que assola o país, segundo informações da agência de notícias Anadolu.

A agência confirmou no Twitter que parceiros humanitários que operam na região do Chifre da África levaram alimentos a 1.8 milhão de pessoas atingidas pela seca e água a 173.400 pessoas, em fevereiro.

“Contudo, 4.9 milhões de pessoas dependem de ajuda”, acrescentou. “As demandas aumentam mais rápido que nossos recursos”.

O Secretário-Geral das Nações Unidas António Guterres afirmou na noite de domingo (27) que a Somália enfrenta a pior seca dos últimos 40 anos. Guterres insistiu que os recursos esgotam-se pouco a pouco, ao passo que apenas 4% do orçamento foi angariado.

“Insto a comunidade internacional a não se esquecer dessa crise”, tuitou Guterres.

Quase 90% da população somali é afetada pela seca, gerando deslocamento interno, sobretudo nas províncias de Bay e Bakook, no sudoeste do país.

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Algumas localidades vivenciaram chuvas leves ou moderadas neste fim de semana, indicando uma possível melhora no clima, apontou o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

“Relatos em campo indicam chuvas moderadas em partes de Bay e Bakool”, reiterou a agência em nota, na sexta-feira (25). “É notório, no entanto, que as chuvas previstas nesta semana não bastam para melhorar a situação no país; é preciso que haja mais chuvas com boa distribuição espaço-temporal para melhorar as condições”.

Meteorologistas preveem chuvas nas regiões sul e central do país, nesta semana; a porção norte permanece sem precipitações.

O premiê somali Mohamed Hussein Roble declarou a seca “emergência de estado” em 2021.

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