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Tunísia pede à OCI que assuma a responsabilidade pelos palestinos e desafie a islamofobia

O ministro das Relações Exteriores da Tunísia, Othman Jerandi, fala durante uma reunião da 76ª Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro de 2021, em Nova Iorque [John Minchillo/POOL/AFP via Getty Images]

O ministro das Relações Exteriores da Tunísia pediu, na terça-feira (22), o fim das violações diárias de Israel contra o povo palestino, informou a Agência Anadolu. Othman Jerandi também pediu aos governos e cidadãos do mundo muçulmano que usem as mídias sociais para desafiar o discurso de “discriminação, ódio e islamofobia”.

Jerandi fez seus comentários durante seu discurso em nome do Grupo Árabe no 48º Período Ordinário de Sessões do Conselho de Chanceleres da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) em Islamabad.

“É necessário assumir a responsabilidade pelo povo palestino para acabar com as violações diárias de seus direitos por parte de Israel, os ataques à santidade dos lugares sagrados e as políticas de assentamentos que visam impor um fato consumado”, explicou o representante tunisino.

Ele também pediu aos membros da OCI que usem mecanismos preventivos e adotem abordagens abrangentes para enfrentar o terrorismo e o extremismo violento, e o crime organizado transcontinental relacionado, como a imigração ilegal e o tráfico de pessoas. “Precisamos usar as redes sociais para combater o discurso de discriminação, ódio, islamofobia, desdém pela religião e intolerância, ao mesmo tempo em que promovemos o discurso de tolerância e aceitação do outro.”

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As parcerias com instituições financeiras árabes e islâmicas são essenciais, acrescentou, face aos desafios excepcionais decorrentes da pandemia de covid-19 e da crise ucraniana.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia tem graves consequências econômicas para o resto do mundo. A Rússia é um dos principais fornecedores de petróleo e gás, enquanto a Rússia e a Ucrânia estão entre os principais fornecedores de culturas como o trigo. A crise levou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, a alertar ontem sobre a possibilidade de “fome global”.

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