Portuguese / English

Middle East Near You

Emirados Árabes dificultam a entrada para ucranianos enquanto milhares fogem da guerra

Ucranianos lotam a estação de trem para deixar a capital Kiev após invasão militar russa no país em Kiev, Ucrânia, em 25 de fevereiro de 2022 [Wolfgang Schwan/Agência Anadolu]

Os Emirados Árabes suspenderam temporariamente a isenção de visto para cidadãos ucranianos, disse a Embaixada de Kiev no Estado Árabe do Golfo, no momento em que milhares de pessoas estão fugindo da guerra na Ucrânia, informou a Reuters.

A decisão dos Emirados Árabes entrou em vigor na terça-feira, informou a Embaixada em um aviso aos cidadãos em sua página no Facebook, sem fornecer um motivo. As autoridades dos Emirados não responderam a um pedido de comentário.

A ucraniana Anna Goncharnco, falando à Reuters em Dubai, onde está de férias, criticou a decisão em um momento em que “o mundo inteiro está ajudando”. Ela mora na Holanda, mas sua filha mora em Kiev com o pai.

“Acho realmente um crime se eles não deixarem os ucranianos entrarem no país agora e exigirem um visto. Como eles devem obter um visto neste momento, é impossível”, disse ela, chorando do lado de fora do pavilhão da Ucrânia na feira mundial Dubai Expo.

LEIA: Ucrânia pede que Israel pare de rejeitar refugiados

Mais de 650.000 pessoas fugiram da Ucrânia para Estados europeus vizinhos desde a invasão da Rússia. A União Europeia disse que está se preparando para milhões de refugiados.

Os Emirados Árabes, que adotaram uma postura neutra no conflito e pediram um cessar-fogo e diplomacia, disseram na quarta-feira que forneceriam assistência humanitária a civis na Ucrânia no valor de US$ 5 milhões, informou a mídia estatal.

Inna e sua filha Sonia, que também visitam Dubai para a feira mundial, estão preocupadas com seus familiares e amigos na cidade portuária de Odessa, no Mar Negro.

“É tão terrível, tão triste. Estamos nervosos por nossos amigos, por nossa família, porque eles estão lá e não podem sair do país”, disse Inna, que se recusou a dar seu sobrenome.

Sonia quer ir para casa.

“Este ano eu deveria me formar; agora não sei o que vai acontecer amanhã… Por favor, pare a guerra em nosso país, é tão assustador”, disse ela em inglês.

LEIA: Guerra na Ucrânia expõe hipocrisia até no futebol

Categorias
Emirados Árabes UnidosEuropa & RússiaNotíciaOriente MédioRússiaUcrânia
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments